sexta-feira, 27 de julho de 2012

Capa do CD do Boi Tira Prosa

Essa é a Capa do CD 2012 do Boi-bumbá Tira Prosa o boi do povão, como tema trás na sua dimensão "BIODIVERSIDADE RIQUEZA MAIOR"
Em breve, toadas 2012 pra ouvir.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CD Oficial do Boi-bumbá Corajoso

Capa CD Inspiração 2012

O Novo Cd do Boi-bumbá Corajoso está com seu mais novo repertório e com ele vem um time de compositores. Veja o Repertório 2012 do CD INSPIRAÇÃO.


Levantador: Edilson Santana
1 – SIMPLESMENTE VENCEDOR (Leandro / Rarison / Demósthenes)
2 – O AZUL DA MINHA NAÇÃO (Flávio Freitas)
3 – AQUARELA DA INSPIRAÇÃO (Yomarley / Severino Jr.)
4– RAINHA DAS ARTES (Alessandro Souza / Yomarley / Alder Calmon)
5 – NOSSA SENHORA DE FONTE BOA (Yomarley)
6 – BRUXARIA YOKANA (Yomarley)
7 - AMAZONIDADE (Yomarley / Leandro / Lenarte)
8 – INFINITO AZUL (Jocir Campos / Reginaldo Campos / Renan Oliveira/ Beto Souza)
9 - FLOR DO ENCANTO (Leandro / Rarison / Demósthenes)
10 – ESTANDARTE DA PAIXÃO (Yomarley / Severino Jr.)
11 – A CÊNICA TRIBAL (Flávio Freitas / Yomarley / Beto Souza)
12 – DIVINA CUNHÃ (Lázaro Araújo / Flávio Freitas / Levi Araújo)
13 – ANHANGÁ-COARA (Yomarley)
14 – AMAZÔNIA SOU EU (Sebastião Lima)
15 - SANTUÁRIO DOS PAJÉS (Yomarley)



Hum, ficou com gostinho de ouvi-las, então aguardem essa semana ainda você ouvirá.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

FESTIVAL FOLCLóRICO BOI DE FONTE BOA



Bois-bumbás

Boi Tira-Prosa

&

 Boi Corajoso



"Quando junho se aproxima, lá vem ela, toda faceira, com seus vestuários rendados e rodados, seus chapéus de palha e seu jeito encantado,`puxando` a quadrilha, a ciranda, as danças de pássaros,mostrando os bumbás e outras danças regionais".
A princesa do folclore, caboclo é brilhante, encanta o dia, à noite, é fascinante.
Não perde nem pra caipirão,quando mostra sua dança, seu bailado, ganha todo coração.
Fonte Boa é assim. Expressão cabocla de um folclore que não tem mais fim".
Muito antes de se criar o Festival Folclórico, já havia uma grande quantidade de cordões folclóricos.
Sendo que esses cordões eram organizados pelas escolas e por pessoas da comunidade. Cada escola apresentava suas danças nas próprias escolas. Era a chamadafesta junina. Umas escolhiam a data de Santo Antonio, outras, a data de São João e, outras ainda, o dia de São Pedro e São Paulo ou São Maçal.Faziam-se grandes fogueiras. Havia quermesse nas escolas para angariar fundos para a própria escola. Cobravam-seentrada para quem quisesse assistir às brincadeiras, como eram chamadas. Cordões folclóricos famosos como a dança do Tangará, a dança do Beija-flor,
a dança do Barqueiro, a Caninha-verde, a Dança da Garça e outras, ficaram eternas nas mentes dos fonteboenses.
Há de se lamentar que essas danças foram extintasdas apresentações do festival.
 
Mas em contrapartida, outras surgiram como o Cangaço, a Dança  portuguesa, a DançaAfro-América, o Gambá e outras.
Como já foi mencionada, a dança não tinham um local certo para se apresentar. Em conseqüência disso, os professores Pedro André Filho, Humberto Ferreira Lisboa, Graça Affonso, Graça André, Terezinha
Braga e outros, resolveram reunir as apresentações das danças em um único local. Para isso, apresentaram seu projeto ao Prefeito, o senhor Francisco Pereira de Souza, que é um amante da cultura fonteboense, o qual gostou da idéia e mandou construir a quadra da Escola Estadual
São José para as apresentações dos cordões folclóricos. O ano era 1980. Aí
surgia o 1º Festival Folclórico de Fonte Boa.
A data das apresentações desse festival foi 23 e 24 de junho. A partir daí surgia à disputa por título entre as danças.
Dois anos depois, as apresentações do Festival Folclórico foram transferidas para a quadra de esportes Francisco Camelo Cavalcante, que foi palco de
apresentações até o ano de 2003. Neste mesmo ano, os bumbás Tira-prosa e Corajoso já se apresentaram no Centro de Convenções de Fonte
Boa (Bumbódromo). Este centro ainda estava em construção.
Havia apenas uma pista, seis arquibancadas laterais para as duas torcidas e camarotes, todos feitos de madeira de açacu.

Portanto, pode-se afirmar que a cultura do povo fonteboense corre em suas veias e invade sua alma. A conclusão disso é que Fonte Boa apresenta o segundo melhor Festival Folclórico do Amazonas e o primeiro da Calha do Solimões. Esse feito se deve a cada fonteboense que nos meses de abril, maio
e junho se dedica de corpo e alma à cultura.

O BOI DE ESCOLA
No início dos anos 80, a Escola Estadual São José, através da professora Jesuete Pacheco Brandão, natural de Parintins, colocou o boi bumba Banho-de-ouro, cujas cores eram amarelo e preto.

Foi uma espécie de inovação na apresentação da brincadeira de boi. Já
não havia mais o auto do boi, ou seja, a morte e ressurreição.
Novos personagens foram introduzidos como: rainhas, tuxauas, tribos, toureiras, sereia, as bailarinas, saci, Iemanjá e outros.

No ano de 1983, a então Diretora da Escola Estadual Waldemarina Ferreira, professora Jany Ferreira Lins, organizou, juntamente com a professora Jesuete Pacheco Brandão e outros, o boi bumba Garantido. Este disputou com o boi bumba Banho-de-ouro da Escola Estadual São José. 
Foi campeão o primeiro. Em 1984, houve a mesma disputa e foi campeão o boi da Escola Estadual São José.
Em 1988, a Escola Estadual Waldemarina Ferreira organizou sua festa junina no pátio da própria
escola. Para essa festa foram construídos arquibancadas e um tablado (palco) para as apresentações das danças. Nesse ano a escola foi responsável pela apresentação do boi bumba Tira-prosa. O mesmo foi organizado pelos professores Dorgival Lisboa, Humberto Lisboa, Sebastião Lima, Pedro André e outros.
Não houve disputa porque só se apresentou esse boi.
No ano de 1990, o então diretor da Escola Estadual Armando Mendes, professor Francisco das Chagas Fernandes de Freitas, juntamente com os professores daquela escola, criaram o boi bumba Caprichoso nas cores azul
e branco. Não houve disputa entre bumbás porque só se apresentou esse boi. Este disputou com o cordão folclórico Caipirão da senhora Creuza Lisboa.
Foi campeão o Caprichoso na categoria de melhor dança.
Em 1991, a Escola Estadual Waldemarina Ferreira, sob a direção da senhora Isabel Avelino Gomes, juntamente com os professores e alunos daquela escola organizaram o boi bumba Tira-prosa, que disputou com o Caprichoso da Escola Estadual Armando Mendes. Saiu vencedor o último.
Durante 12 anos, as escolas de nossa cidade tiveram a responsabilidade
de manter viva a tradição do que hoje é a maior manifestação e expressão cultural do município de Fonte Boa: a festa do boi.

COMO SURGIRAM AS CORES DOS BUMBÁS DE FONTE BOA
No ano de 1930, a professora Rita Damasceno do Nascimento, a dona Ritinha, esposa do Delegado de Polícia do Município, organizou a dança da Pastorinha por ocasião das festas natalinas daquele ano. A brincadeira era organizada em dois cordões, um encarnado e o outro azul. Os objetivos da dança eram exaltar o nascimento de Cristo.
No ano seguinte, a dança ganhou mais adeptos; e assim sucessivamente nos anos subseqüentes, a ponto de dividir a pequenina cidade em dois cordões:
o Encarnadista e o Azulista. Já começava aí a rivalidade entre essas duas cores.
Essa tendência veio a refletir fortemente em todas as atividades culturais do município, tais como: jogos de futebol, voleibol, handebol e até nas
atividades religiosas. No esporte, a rivalidade era maior.
A torcida encarnadista não queriaperder para a azulista e vice-versa. Então, toda a cidade comparecia em massa aos jogos. Havia até confusões
pela defesa da cor preferida. Nas festas religiosas, principalmente nos festejos da padroeira, as duas torcidas tomavam conta
do arraial.
 
Organizavam bingos, leilões, apresentavam suas rainhas, etc. A disputa era bastante acirrada. Mas tudo acontecia num clima de muita festa e entretenimento.
Com o crescimento populacional da cidade, esse movimento foi perdendo forças a ponto de ficar adormecido, porém jamais esquecido.
Em 1990, ano de fundação do bumba Corajoso, o cordão azulista desperta de seu profundo sono e se incorpora ao então bumba, dando-lhe realce com as cores azuis e brancas. Em 1992, o bumba Tira-prosa se apresenta defendendo o vermelho e branco, herança do do cordão encarnadista.
Assim surgiram as cores dos bumbás de Fonte Boa. Não foram copiadas de nenhum outro festival.
Foram, sim, herdadas de toda uma geração que iniciou nos anos 30 do século passado nesta pequenina cidade.